Olá Pessoal
Você esperou um tempo enorme por esta continuação. Várias vezes,
fantasiou o final perfeito para o personagem principal, o destino
inusitado que o vilão merecia e as tantas respostas em aberto que o
autor deixou para resolver ali, perto da última página. As teorias
estavam todas em sua mente, esperando pelo desfecho que iria
comprová-las – ou não.
Durante várias aulas, sua atenção viajou para o enredo fantasioso da
história que você levava na mochila. E a vontade de pegar o livro e
lê-lo bem ali? Era melhor não arriscar. Perdê-lo não parecia uma opção
considerável. Tudo menos isso! Mesmo com os empecilhos, sua mente
continuava presa na aventura da personagem principal, em seus
amores-nada-resolvidos e em todos os dramas a resolver. Até parece que
vocês estavam enfrentando tudo juntas.
Você, leitora, como peça
fundamental da trama que se desenrolava no papel.
O momento certo para lê-lo envolvia todo um de ritual especial.
Correndo para colocar o pijama quentinho, você fazia um chocolate quente
ou preparava o suco com gelo (ué, tudo depende do clima!). Se
aconchegava da melhor forma possível no espaço mais confortável de casa
e, pronto, finalmente era hora de virar a página. Quem é que precisa de
festas, mesmo? Não havia sensação melhor.
Tudo bem, eu conheço o seu segredo. Você deixou o livro de lado,
guardou-o na gaveta da mesinha de cabeceira e fingiu que ele não estava
lá. Tudo isso só para não ter que acabar de lê-lo de uma só vez. É claro
que você poderia reler quando quisesse, mas a primeira leitura é sempre
a mais marcante. O primeiro confronto, com todas aquelas palavras
juntas, que faziam um sentido completamente novo para os seus olhos (e
também pro coração). A surpresa com a sequência dos acontecimentos, as
primeiras risadas com as partes mais engraçadas dos capítulos. Depois de
um tempo, você decorou todas.
Em conversas, você dizia que a história era mesmo muito boa. Anotou
as frases mais bonitas em seu caderno e elas viraram uma porção de
legendas nas fotos do seu Instagram. Mas, opa! Fez propaganda demais… Ao
menor questionamento se poderia emprestar ou não, já surgia um
arrependimento: poxa, mas e se as orelhas da capa ficarem alargadas? E
se as páginas dobrarem? E se, ai não, acabar caindo café em cima? Tudo
bem, tá certo. Vale a pena desapegar de uma história boa dessas se for
para ela tocar outra vida também.
Mas você só empresta se a pessoa prometer cuidar do livro assim como
você cuida. Se importar com a obra como você se importa. Se envolver
tanto quanto você se envolve. E, bom, seria ótimo se o livro continuasse
com cheirinho de novo… É pedir demais?
Beijos até o próximo post e comentem se vocês gostam de posts assim ?!
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