sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Teorema Katherine de John Green

Olá Pessoal

 

 



Hoje falarei de mais um dos livros do talentoso autor John Green, sim to começando a ficar viciada dos livros dele, o jeito que ele escreve e conta a história é maravilhoso.


























 

O Teorema Katherine de John Green

 




O Teorema apresenta a história do Colin, um garoto que acaba de se formar no Ensino Médio e que está de coração partido. Sua família e seu melhor – e único – amigo Hassan estão preocupados e com motivo.

 

Colin é considerado um prodígio. Que é diferente de gênio, deixe-me acrescentar. Prodígio porque ele ainda não criou nada – como um gênio faz – ele apenas aprende as coisas muito rápido. E isso o incomoda bastante, porque ele tem muito medo de não fazer nada grandioso. Toda sua vida ele recebeu destaque pela sua aptidão intelectual, mas é fato que os gênios têm seus momentos “Eureca!” – aquele momento que eles criam ou descobrem algo muito importante – bem novos, e o tempo de Colin está passando.

 

Nos últimos tempos ele está obcecado em atingir seu momento “Eureca”, pois ele teme muito o dia que ele será um ex prodígio. E não ajuda o fato de sua namorada ter acabado de terminar com ele. Mas permita-me ressaltar: essa parte das namoradas do Colin é de longe a parte mais bizarra desse personagem.

 

Colin já namorou 19 Katherines. Dezenove garotas com o mesmo nome, grafado da mesma maneira. E cada uma delas terminou com ele. E ao contrário do que pensei inicialmente, ele não precisou de tanto tempo para colecionar suas Katherines, pois Colin contou inclusive aqueles namoros de infância que duram minutos. Seu namoro mais extenso foi com a Katherine XIX, o mais recente “pé na bunda”.

 

Desesperado em ser importante e ter sua amada Katherine XIX de volta, Colin é surpreendido com uma missão de resgate inusitada. Hassan decide que ao invés de trabalharem durante as férias e se prepararem para entrar na faculdade, eles deveriam fazer uma viagem. Simplesmente colocar as malas no carro – chamado de Rabecão de Satã – e sair pela estrada, sem destino determinado.

 

E é a partir deste momento, em que Colin se permite sair de sua zona de conforto que começa a nossa diversão!

 

Estaria mentindo para vocês se não avisasse que engasguei de tanto rir inúmeras vezes enquanto lia. Os vizinhos devem ter achado que eu era maluca… mas caramba, John Green é genial!

 

O Teorema Katherine foi escrito pelo norte americano John Green, que atualmente está na lista das pessoas mais influentes da Forbes. Green também é autor dos incríveis A Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel e Quem é você, Alasca?. E se você leu algum desses outros títulos, acalme seu coração, pois O Teorema não é tão dramático quanto eles.

 

As confusões que Colin e Hassan se envolvem são hilárias, e um ponto forte do livro é o próprio personagem Hassan. Imagine ser melhor amigo de um menino prodígio. Imaginaram? Hassan é um verdadeiro consultor de “como ser legal com as pessoas” para o amigo. Colin não sabe lidar com as pessoas, não percebe que a maioria das coisas que acha interessante é um tédio para as pessoas normais, e cabe ao Hassan orientá-lo. Os diálogos dos dois me deram cólicas de tanto rir. Hassan é INCRÍVEL.

 

E apesar de Colin ter a fama de chato, acabei que me identifiquei com o personagem. Entendi suas razões dele ser como é, além do fato de que só estava precisando sair de sua zona de conforto.

 

A capa do livro é simples, mas traz elementos do livro. A edição da Intrínseca está excelente. Ponto positivo também para a forma como o livro vai trazendo os relatos de como aconteceram os 19 namoros de Colin – uma espécie de flashback, durante toda a narrativa, que se difere do restante do texto pelo título.

 

E não poderia deixar de falar das notas de rodapé. Normalmente elas me irritam, pois você precisa perder o ritmo da leitura para se concentrar em uma informação no rodapé. Mas no caso de O Teorema Katherine isso não acontece. As notas de rodapé foram brilhantemente planejadas e dão sequência a linha de raciocínio do parágrafo do qual se refere. E essas notas trazem coisas ainda mais engraçadas que o próprio texto! Então por favor: não se esqueçam de ler todas as notas de rodapé e na sequencia que elas foram apontadas, ok?

 

Ah… e antes que eu esqueça: a matemática presente no livro é tranquila. Não se acanhe com isso. Green explica tudo de forma muito fluída e principalmente, a matemática empregada faz sentido na narrativa. O autor pediu ajuda a um amigo matemático para deixar as fórmulas plausíveis e no final do texto tem explicações excelentes sobre elas – que você poderá ler ou não.

 

Indico o livro para pessoas que estão procurando um livro bem humorado, leve e fluído. Mas cuidado! Você vai acabar se apaixonando pelo Colin e o Hassan.







Beijos até o próximo post e comentem o que acharam !!!

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